Adega D’ouro

Abel Pereira da Fonseca era um visionário, no início do século XX criou uma rede de distribuição em Lisboa com as lojas Val do Rio e um império de produção de vinho, licores e destilados. Ele e o sócio Francisco Assis, fundaram o que viria a tornar-se num “império vinícola”. A um armazém geral, chegavam os vinhos e produtos adquiridos por intermédio das sucursais distribuídas pelo país.

Uma dessas sucursais era esta adega, que se dedicava ao fabrico de vinagres de vinho. A empresa de Abel Pereira da Fonseca cessou as suas atividades em 1993 e algumas das sucursais, como esta adega, seguiram o mesmo destino.

Pelo que pude apurar, esta adega encerrou alguns anos depois, mas infelizmente não sei de nenhuma história concreta em relação a esta local, apenas consegui descobrir a sua ligação com Abel Pereira da Fonseca.

Está atualmente em avançado estado de degradação, principalmente o telhado e no seu interior, para além dos barris e pipas de vinho, é possível encontrar toda a maquinaria que utilizavam na produção de vinagres de vinho. Foi um local interessante de visitar, já tinha fotografado adegas, mas não com esta dimensão.

Para a maioria das pessoas que visitam este blog, este não é o género de locais que mais apreciam de ver, mas o objetivo do blog é também apresentar uma grande variedade no tipo de sítios que são publicados e esta adega, pela sua imponência, mereceu o registo fotográfico.

André Ramalho

Sou um apaixonado por fotografia e locais abandonados, e por isso resolvi criar este blog, com o intuito de partilhar os meus registos e aventuras.

4 thoughts on “Adega D’ouro”

    1. Nem em Leiria, nem Lisboa Leonardo 🙂 Lamento mas grande parte dos locais não revelo a localização de forma a protege-los.

  1. Boa tarde,

    O meu é Ana Pereira da Fonseca Reis e sou bisneta de Abel Pereira da Fonseca e responsável pelo Enoturismo na Quinta do Sanguinhal, uma das três Quintas que fazem parte da Companhia Agrícola do Sanguinhal, fundada em 1926 pelo meu bisavô. Gostava de esclarecer que Abel Pereira da Fonseca vendeu a sua cota na Sociedade Abel Pereira da Fonseca em 1937 não tendo por a haver com o património em causa. Por curiosidade, aproveito para perguntar aonde se situam estes armazéns. Convido-o desde já a uma visita ao património por nós mantido e restaurado ao longo destes últimos anos.

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